O bom e velho ditado

Morar longe da família e dos verdadeiros amigos não é fácil. Tem dias que a saudade é tão grande que chega a sufocar. Sabe aquela sensação de que, mesmo estando rodeado de pessoas, você ainda está sozinho? Porque não existem amigos novos e ou namorados que supram a falta que uma mãe e um pai fazem. E isso, a gente só se dá conta quando realmente perde.

Quando morava com meus pais e irmãs em São Paulo, passava mais tempo fora do que dentro de casa. E acredite, eu não me abalava nem um pouco com isso. Preferia mil vezes varar a noite com as mais diversas amigas do que ter que ficar em casa assistindo Tela Quente ao lado de minha mãe ou meu pai.

Hoje as coisas são bem diferentes. Eu daria tudo para ter minha mãe do meu lado cada vez que eu me sinto confusa sem saber o que e como fazer. Daria tudo para ter meu pai aqui dizendo como eu não deveria ter feito o que eu fiz. Como eu gostaria de chegar em casa e poder comer o almoço da minha mãe. Ou então, poder comer aquela bela pizza na companhia do meu pai.

É claro que eles continuam tão presentes em minha vida quanto antes. A cada nova decisão, é um novo telefonema. A cada nova idéia, um e-mail. No momento de lembrança, uma mensagem. E em todas as noites, no coração.

Esses longos 3 anos longe de meus pais me serviram muito mais do que só para amadurecer. O tempo longe me mostrou como sou apaixonada pela minha família e em como devo ter orgulho em demonstrar isso. A distância entre eu meus pais me aproximou de minhas irmãs. Aprendi que o bom e velho ditado é realmente verdadeiro: os amigos entendem. Os namorados se vão. E a sua família fica pra sempre.

Hoje não tenho vergonha alguma de dizer o quanto eu amo minha mãe e como gostaria de virar uma mulher como ela. Não me envergonha nada dizer como o meu pai é meu porto seguro e em como eu não viveria sem ele. Se eu pudesse voltar no tempo, só tem uma coisa que com certeza eu faria: demonstraria muito mais o meu amor e afeto não só pelos meus pais, mas pelas pessoas.