O assunto do feriado de páscoa, não só em Florianópolis, mas acredito que em todo o país, foi o assalto ao apartamento da filha do presidente Lula na Ilha da Magia. Segundo o portal de notícias IG, ladrões invadiram na noite de sexta-feira (2 de abril) o apartamento de Lurian Cordeiro Lula da Silva e furtaram alguns objetos pessoais.
Tudo bem. É chato ser roubado. Aliás, acredito que não exista nada pior do que invadirem sua própria casa e levar o que é seu. Coisas que talvez se tenha batalhado anos para conseguir. A sensação de insegurança, de invalides e de fraqueza por não poder fazer nada é tão grande que é difícil de expressar em palavras.
Mas a questão é a seguinte: eu também já fui roubada dentro de minha própria casa. Duas pessoas entraram pela janela de meu quarto enquanto não tinha ninguém e roubaram o meu notebook, todos os meus tênis e minha máquina digital. O roubo também foi aqui em Florianópolis. Só que com uma diferença: não apareceu nada na televisão.
Quantas pessoas também não foram assaltadas neste feriado? Difícil dizer... Agora, só porque não somos filhos do presidente, quer dizer que não merecemos a mesma importância e atenção? Garanto que não. No caso de minha casa, o assunto foi arquivado e esquecido. Até hoje, ninguém viu nada e não sabe o que aconteceu. O próprio delegado informou que o B.O não resolveria o problema. Já o caso de Lurian, com certeza não será esquecido até que se encontre um culpado.
Não estou dizendo que queria minha casa na TV. Não, não é isso. Só gostaria que jornalistas que se dizem tão competentes e importantes, dessem os devidos valores aos devidos fatos. Gostaria que os veículos de comunicação dessem maior valor a casos de realmente relevância. O assalto a casa da filha de Lula não muda nada nem ninguém. Pelo contrário: só prova que o país continua com a mesma política de comunicação de sempre: fala o que quer , a hora que quer e como quiser. Que vergonha!
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